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1° de maio: entenda porque o Dia do Trabalhador não é um dia de comemoração, mas de luta!

O Dia do Trabalhador, celebrado neste 1º de maio, tem sua origem em 1886, quando milhares de trabalhadores foram às ruas em Chicago, nos Estados Unidos, reivindicar por melhores condições de trabalho. Passados 135 anos desde então, muita coisa mudou, exceto a permanência da luta dos trabalhadores e trabalhadoras por reconhecimento, valorização e direitos.

No Brasil, essa luta, que tem mais de um século, nunca foi tão atual e urgente frente aos ataques e mitigação de direitos por parte do governo federal. Esses ataques não afetam só os servidores públicos, mas toda a população, que tem no serviço público a garantia de acesso a direitos básicos como saúde, educação e Justiça.

Por isso, o dia 1º de maio, além de ser simbólico para toda a classe trabalhadora, é também um lembrete de que a luta deve ser constante, porque foi graças a ela que conquistamos direitos e garantias trabalhistas essenciais, como férias remuneradas, aposentadoria, dias de descanso, licença-maternidade, reajuste salarial, entre outros.

Neste contexto, destaca-se o surgimento das entidades sindicais no final do século XIX como importante ferramenta de luta dos operários. E até hoje, os sindicatos carregam a mesma missão: unificar os trabalhadores de cada categoria para tornar a luta por direitos mais forte e efetiva. Afinal, unidos, somos mais fortes!

Para o advogado do SINDOJUS/MG, Bruno Aguiar, a maior conquista do sindicato e dos oficiais de Justiça foi justamente a obtenção da carta sindical, porque foi esta vitória que abriu as portas para uma série de conquistas da categoria. “E a consolidação dessa conquista foi o reconhecimento pela Justiça do Trabalho de que o SINDOJUS/MG é o único e exclusivo representante dos Oficiais de Justiça no âmbito do Tribunal de Justiça do Estado de Minas Gerais”, completa.

Trabalhadores do mundo, uni-vos!

Apesar de a Constituição ser clara no que diz respeito à garantia dos direitos adquiridos, o que temos visto nos últimos anos é uma série de manobras que ferem diretamente os direitos e a dignidade dos servidores públicos, especialmente com a Reforma Administrativa do governo Bolsonaro e com as declarações do ministro Paulo Guedes demonizando os trabalhadores.

Por isso, o oficial de Justiça da comarca de Santa Luzia, diretor financeiro do SINDOJUS/MG, Márcio Aurélio Cordeiro, entende o Dia do Trabalhador como mais um dia de luta.

“Não há muito que se comemorar. É espantoso que ainda não tenhamos recebido do poder público o reconhecimento como serviço essencial para fins de prioridade na vacinação contra a covid-19. Estamos desde o início da pandemia nas ruas levando a justiça a todos os lares, nos expondo e às nossas famílias e jurisdicionados, como vetores do vírus mortal e até o momento não fomos incluídos na prioridade, inobstante os esforços hercúleos que estamos envidando. Infelizmente, os Oficiais e outras categorias de servidores têm sido preteridas desta proteção”, desabafa.

Márcio Cordeiro reconhece que as lutas do passado que possibilitaram a criação da CLT, por exemplo, devem sim ser comemoradas. E acrescenta que “Nossa defesa pelo melhor para a categoria dos Oficiais de Justiça deve ser incansável. Vejo com muito bons olhos a sinalização ofertada pelo nosso tribunal no sentido de abertura ao diálogo, demonstrando com isso a preocupação em atender os legítimos pleitos que lhe são apresentados. Sinto que esses bons ventos conduzem à conciliação e renovo de ânimo pela busca do bem comum que culminará em ganhos para a categoria, judiciário e especialmente para o jurisdicionado”, completa.

Outro desafio é fazer com que a categoria se una em esforços para que a luta se fortaleça ainda mais. Pois somente assim conseguiremos vencer a batalha.